O espaço expositivo Memorial Meyer Filho foi cedido ao Instituto Meyer Filho em 2004 através de acordo de Cooperação Cultural firmado entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Instituto Meyer Filho. Concebido em homenagem ao artista, está localizado no centro histórico da capital de Santa Catarina, na Praça XV de Novembro.
O Memorial iniciou com eventos voltados à obra de Meyer Filho, com exposições e publicações que permitissem a visibilidade da obra e das contribuições do artista no contexto histórico de sua época. Ao assumir a curadoria do Memorial Meyer Filho em 2008, Kamilla Nunes fez o exercício de valorização da obra de Meyer Filho fluir. A obra do artista revelou questões da contemporaneidade e foi atravessada por intensidades de artistas contemporâneos e mostras que articulavam a inventividade de Meyer Filho a artistas da atualidade. O catálogo Memorial Meyer Filho (2011), organizado por Kamilla Nunes e com edição do Instituto Meyer Filho, documenta os eventos realizados entre 2010 e 2012.
A partir de 2015 o Instituto Meyer Filho passou a realizar chamadas para artistas da dança, performance, teatro e artes visuais para enviarem propostas a serem realizadas no Memorial Meyer Filho. As propostas selecionadas envolvem residências, exposições, performances e ateliê temporário.
O Memorial tem recebido artistas catarinenses e nacionais, curadores, pesquisadores, alunos, professores e público em geral. Vem realizando eventos, entre exposições individuais e coletivas, residências artísticas e debates, com intuito de apoiar e dar visibilidade à produção atual e escutar o que está por vir, suscitando reflexões críticas dentro do contexto artístico e cultural de Santa Catarina. A parceria com os cursos de graduação e pós-graduação em Artes Visuais da UDESC tem permitido a extensão dos processos de formação de artistas, curadores e professores por meio da realização de exposições e residências no espaço Memorial Meyer Filho.
O Memorial Meyer Filho é um local de espaçamentos, que tem como compromisso criar espaços ou intervalos neste tempo, que chamamos “contemporâneo”, provocando interrupções e dilatações, a cada montagem de exposição, a cada ação, a cada projeto pedagógico. De certa forma, estamos predispostos ao erro, à experimentação, à possibilidade de manipular as regras caducas que há em toda instituição. Não há editais fixos, mas há pensamento curatorial que permite buracos e intervalos. Espaçamentos entre uma exposição e outra, que são vivenciados muitas vezes em projetos relâmpagos, de curtos períodos de tempo.
O MMF possui algumas regras, que também podem sofrer interrupções, como em qualquer situação cotidiana. Há um exercício constante de ignorar olhares engessados e repetidos, mecânicos e condicionados a uma única forma de sentir ou perceber o outro, para que o Memorial possa atuar como um espaço arejado, que possibilite vivências e, sobretudo, seja um dispositivo para a produção de reflexões críticas acerca da sociedade, da política e, em especial, da arte.
A preocupação em abrir o Memorial Meyer Filho para diversas gerações é importante para que ele não se torne um espaço de um grupo determinado de artistas mas, pelo contrário, possibilite contaminações, trocas e interlocuções entre vários grupos, dos artistas consagrados aos aspirantes e recém-formados. Evitar a predominância de uma única linguagem é um dos propósitos, pois o Memorial não é um espaço de fotografia, ou de desenho, ou de instalação ou de novas mídias, mas um local que busca abrigar a arte nas suas mais variadas formas de suporte.
Acesse o catálogo do Memorial Meyer filho aqui
Memorial Meyer Filho
Coordenação Geral: Sandra Meyer
Parcerias: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina
A agenda de 2022 foi realizada através de parceria entre Memorial Meyer Filho, Instituto Meyer Filho e o Armazém / Coletivo Elza, com o apoio de Articulações Poéticas, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do CEART/UDESC, Programa de Extensão Ações Poéticas, Coletivo La Revuelta, Artistas Latinas e AYA – Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais da Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC.
Apoio: Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Banco do Brasil.
Para consultar a agenda do Memorial Meyer Filho, escreva para: institutomf@gmail.com